- por René Burkhardt | 4 de Abril de 2011
A resposta a esta pergunta não é simples, pois envolve diversos aspectos. Mas entendo que este assunto deva ser abordado com seriedade, haja vista o crescente “confronto” que tem havido entre os seguidores do Senhor Jesus que fazem parte de alguma instituição religiosa e os que não fazem parte do quadro de membros de nenhuma delas.
Disse Jesus: “Venham a mim, TODOS os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo E APRENDAM DE MIM, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. POIS O MEU JUGO É SUAVE E O MEU FARDO É LEVE" (Mt 11.30). E, em outro lugar, disse: “O ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, LHES ENSINARÁ TODAS AS COISAS e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse” (Jo 14.26).
Quando Jesus disse que estaria conosco até o final dos tempos (Mt 28.20), Ele estava Se referindo à presença do Seu Santo Espírito junto a nós. É Ele que ensina, que orienta, que manifesta dons! Ele é o Bom Pastor! Assim, Jesus estabelece princípios de relacionamento pessoal íntimo e direto entre Ele e qualquer um que O reconheça como Senhor e deseja se submeter ao Seu senhorio. Desta forma, toda pessoa, individualmente, deve buscar esse relacionamento íntimo direta e constantemente.
Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! É vida abundante que Ele nos concede! Mas só alcançamos estas coisas, se o jugo que estiver sobre nós for suave e se o fardo que nos for imposto for leve! Isto implica em entendermos que Jesus não impôs uma nova lei, para que a cumpríssemos rigorosamente, a exemplo da lei dada através de Moisés, a não ser a lei do amor! Do amor a Deus e, conseqüentemente, do amor às pessoas. Visto que assim é, Ele também não instituiu pessoas que O representassem, para assegurar que o Seu povo cumprisse Sua lei. Neste sentido, Ele ainda afirmou que fosse o maior, como o menor! Que o maior entre todos seria aquele que se dispusesse a servir a todos, não o que liderasse aos outros!
Desde o princípio, o Senhor tem buscado um relacionamento íntimo direto conosco! Desde Adão! No entanto, Adão e Eva preferiram um outro tipo de relacionamento, onde eles próprios fossem o centro das atenções, através de sua capacidade de discernimento, de sua sabedoria, de seu próprio conhecimento, onde Deus não seria o Deus Criador, que está acima de tudo e de todos, mas um ser igual a eles!
Israel, exemplo da proposta divina de relacionamento Deus/homem, também rejeitou o contato direto com Deus, Sua direção Pessoal para todas as coisas. Primeiro, exigiram que apenas Moisés falasse diretamente com Deus e servisse de intermediário nesse relacionamento. Depois, exigiram um rei humano sobre eles! Não queriam esse contato direto com o Todo-Poderoso, essa liberdade! O que eles queriam, realmente, era que se fizessem leis, as quais eles pudessem cumprir como demonstração de sua capacidade de alcançar a perfeição, por si mesmos, e de seu mérito em estar diante de Deus! Isto é justiça própria! E “todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo” (Is 64.6)!
Então, Jesus vem e Se apresenta como O CAMINHO! Não como UM caminho, mas como O Caminho! E Ele rejeita vigorosamente o caminho escolhido pelo homem para se chegar a Deus, o caminho das religiosidades, das ações humanas consagradas, e, novamente, demonstra a necessidade da relação direta entre Deus e o homem. Uma relação entre o Espírito de Deus e o espírito do homem. Entre o coração de Deus e o coração do homem. Ele deixa claro, a todos, que não há outra possibilidade de alguém se relacionar com Deus, que não seja pessoal e diretamente. E, desta vez, no Seu amor e na Sua misericórdia, Ele nos concede o Seu próprio Espírito, para nos acompanhar diariamente, em todos os momentos, em todas as coisas, em cada circunstância, nos ensinando tudo o que Ele quer que aprendamos, nos orientando a cada passo, nos conduzindo ao Seu Reino.
E, novamente, o que o homem faz? Ele diz: “Não! Isso não é suficiente! Dessa forma, eu vou parecer um incapaz! Dessa forma eu não vou poder provar que eu vou para o céu porque eu mereço! Isso não é justo! O certo é eu correr atrás e fazer por onde merecer esse relacionamento com o Criador! Eu Sou capaz de cumprir qualquer regra para isto e, assim, se Você não quer criar regras, eu vou criar minhas próprias regras. E não admito que alguém entre no Reino sem cumpri-las! Vou estabelecer pessoas capazes de liderarem esse meu relacionamento com Deus e de fazerem com que as leis sejam cumpridas. Pessoas que estudem muito tudo o que diz respeito a Deus e, assim, possam ensinar aos outros. Pessoas que controlem todos os pagamentos que devem ser exigidos de todos os fiéis, para ficarem bem com Deus. Pessoas que construam grandes altares, onde possamos cultuar a Deus da nossa maneira. Pessoas que dirijam todos os usos e costumes desses fiéis, determinando o que pode e o que não pode ser feito, inclusive, as formas de louvarmos a Deus. Enfim, pessoas que escolhem quem pode e quem não pode fazer parte do Reino de Deus, afinal, temos que ter o controle das coisas e a palavra final!”.
Amados, não falo nenhuma novidade aqui! Infelizmente, o homem criou o seu próprio “espírito santo”: a igreja, que em nada se assemelha ao Corpo de Cristo, à Noiva de Cristo, Sua verdadeira Igreja! O Espírito Santo de Deus foi sumariamente substituído pelo espírito da instituição humana! Dons que o Espírito deveria distribuir a toda Igreja, conforme Sua vontade e necessidade de edificação dos santos, têm sido concentrados sobre uma pessoa, ou poucas, mediante o merecimento embasado no conhecimento humano! O dom do Espírito de pastoreio, dado a algumas pessoas para manterem o ‘rebanho’ unido e alimentado, tem sido estabelecido pelo conhecimento didático da teologia! O dom de evangelismo também! E, assim, todos os outros dons, quando não são simplesmente suprimidos, com a desculpa de que os tempos mudaram e a coisa não é mais assim.
Ouço dizer que, apesar de tudo isso, a igreja instituição humana tem sua validade, por ter espalhado o Evangelho pelo mundo, através dos séculos, de forma que muitos foram salvos! Eu duvido!!! Se muitos foram salvos (e foram), não foi por causa do evangelho trazido pelas instituições religiosas, porque esse não é o Evangelho. Tais pessoas foram salvas pela revelação pessoal de Deus a elas, através de Seu Espírito, apesar das igrejas, não por causa delas. Qualquer um que ouça falar de Jesus, através das instituições religiosas, é imediatamente levado a crer na sua própria responsabilidade e capacidade de salvação, não à Cruz: “Bom, agora que você reconheceu a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida, você precisa se livrar de todos os seus pecados. Aqui tem uma lista deles. Se você não fizer isto, você está perdido!”.
Neste caso, onde fica o Espírito Santo de Deus? Onde está o Consolador prometido por Jesus, que nos ensinaria todas as coisas, que nos orientaria, que nos lembraria tudo o que Ele ensinou? Onde está o poder regenerador do Espírito? Onde está o querer e o efetuar de Deus? Onde está o Espírito que luta contra nossa carne, para que não façamos o que queremos fazer? Exatamente: Ele foi apagado!!! Foi substituído pelo poder humano!
“Ah, mas as igrejas têm a vantagem de congregar os irmãos!”, diria alguém! Elas têm? Em torno de que esses ‘irmãos’ se congregam? É em torno do Nome de Jesus, ou em nome do cumprimento de uma lei que determina essa reunião? Claro, não temos como ver o que move o coração de alguém em direção a tais reuniões. Mas podemos ver através dos frutos: alguém se impacienta, quando o ‘horário’ é extrapolado? Há disputas que impedem o diálogo entre algumas pessoas? Há interesses expressos por cargos? Há distinção de pessoas? Se existem tais coisas, a vantagem de congregar é igual à de um clube, ou à de uma sociedade elitista!
Sou membro do Corpo de Cristo, da Sua Igreja! Por isto, não poderia ser membro de uma instituição que, apesar de usar expressamente Seu Nome, nega Seu poder, nega Sua presença junto a cada pessoa, através do Seu Espírito, e que, principalmente, tenta se colocar como mediadora entre Deus e os homens, substituindo arbitrariamente o Espírito Santo de Deus!
Não deixe de assistir ao vídeo abaixo, com o coração aberto para ouvir as palavras cantadas!
16 comentários:
René meu querido, como vai?! Essa é uma questão que merece nossa atenção, e que você abordou com muita seriedade e equilíbrio.De um lado os "igrejados" que se jactam de sua estrutura e tradição e do outro os "desigrejados" que também se jactam da mesma forma de sua liberdade e simplicidade.A configuração do "modus operandis" de cada um dos lados muda, mas as motivações em grande parte são a mesma: "O EUVANGELHO" que eu pratico é mais bíblico!Que coisa medíocre das duas partes!Creio que precisamos encontrar "A GRAÇA DO CAMINHO", para lidar de maneira sensata, não exclusivista e não rotuladora com essa questão, e ter a sensibilidade e maturidade para não demonizar a vida e espiritualidade alheia, sabendo que existem sim expressões dignas e honrosas de serem absorvidas tanto de "igrejados" como de "desigrejados".Ambos os lados precisam conscientizar-se que nossa referência e "modus operandis" é "JESUS DE NAZARÉ", e não ideologias religiosas sejam elas mais ou menos sofisticadas e estruturadas ou os "ícones" que se destacam no meio por sua capacidade de reflexão e cosmovisão da espiritualidade."Fanatismos velados" e defensores pedrados de uma agremiação religiosa, existem em todos as expressões onde se prega o Evangelho, daí a superficialidade de nossas rotulações que só focam no exteriótipo e não na interioridade das consciências.Mano, que bom poder ler esse seu texto, e ver que existem pessoas que não se deixam levar por histerias campais em defesa do "próprio umbigo religioso", em detrimento da mensagem DO EVANGELHO.Escrevo como alguém que já experimentou os dois lados, e viu que só muda o endereço.Se não houver uma consciência profunda de "QUEM É O CAMINHO A VERDADE E A VIDA", simplismente é só mais uma tentativa frustrada que no final se resume em "lamber as próprias feridas" e voltar ao "próprio vômito".Valeu René, por essa consciência que você proporcinou a nós seus leitores.Um ABRAÇÃO, Franklin.
Amigo,
Saboroso!
Rasgou o veú que ainda se tenta costurar com a linha fabricada pelos eguinhos inflados, feito aranha que produz sua própria casa e ainda enrola que estiver por perto.
Preciso dizer que concordo com seu raciocinio, Deus nunca precisou de igreja.O Espirito de Cristo faz sua obra apesar de nós e nossa necessidade de vivermos em caixas de concreto.Ainda assim nos usa! Quanta misericordia, vamos combinar.
Na primeira frase você cita uma certa guerra ou discordia entre irmãos.Estou longe disto, o que me alegra deveras.
Nos ultimos meses tenho estado entre putas, travestis e dependentes quimicos, gente de rua que vive a vida pelo avesso, gente que sabe o que faz diferença na hora de colocar cabeça no travesseiro, gente que não tem tempo a perder com teorias e ortopraxias, não sobra sequer um restinho de energia para guerrinhas banais e conversinhas de crente. Nosso Senhor passava longe dos centros de discussão religiosa, não era atoa. Pelo contrário ele pregou a derrubada ainda que simbólica do muros, entende quem quiser e puder.
Não sei, muros que precisam ser defendidos em geral são os muros da contenção, entende?
Eu não preciso defender nada nem ninguém, estou em paz e na Paz.
Em nós "Ser igreja" é o ar que respiramos e se isto incomoda alguns, paciência.
Seu texto é um balsamo.
obrigada
obs: fiquei com impressão que tem mais de onde saiu este, por favor libera. É edificação pura para quem tem ouvidos apra ouvir.
O&A
Dri, minha amiga,
Tá combinado: é muita misericórdia de Deus para conosco!!!
Também fujo da discussão "com igreja, ou sem igreja", e nem pretendo suscitar mais discussão em torno disso, com este texto. Minha intenção é, tão-somente, a de deixar clara a minha posição quanto ao assunto.
Seu testemunho é um retrato daquilo que o próprio Senhor Jesus fazia e nos ensinou a fazer: viver a vida, sem fazer acepção de pessoas e, principalmente, sem decretar quem é salvo e quem não é!
Concordo com você: muros defendidos com unhas e dentes são muros de contenção, sim! São muros que impedem que a liberdade para a qual Jesus nos libertou seja vivida, contendo todos sob a força do poder de quem ergue esses muros. E também são muros que impedem que o Espírito Santo entre, porque Ele não usa força ou violência para convencer.
E há mais para vir, sim, em complemento a este! Por exemplo: sem igreja, como congregar? Em breve, mas que seja conforme a vontade do Senhor!
Valeu por sua valiosa contribuição!!!
O&A
Franklin, meu querido,
Agora é que fui achar seus comentários na página de moderação de comentários. Normalmente, os recebo por email, por isto, quase nunca entro na página de moderação. Isto mostra que esses sistemas não são tão confiáveis quanto se imagina. Por favor, perdoe-me por esta falha! Ah, e o segundo comentário, vou excluir, por ser uma reiteração deste primeiro, que não havia entrado.
Creio como você: há uma questão de "modus operandis", que se instala de um lado, assim como pode se instalar de outro. Dei mais ênfase às instituições religiosas já estabelecidas, por conta do alcance dessa tradição humana milenar, que não se restringe aos que estão dentro. O mundo inteiro, cristão ou não, sabe citar diversas religiosidades impostas ao longo do tempo como meios de se chegar a Deus. Muitos até cobram o cumprimento dessas religiosidades. Mas, por se tratar do envolvimento humano, aqueles que estão fora dos muros das instituições religiosas, podem acabar construindo seus próprios muros. E este é o cerne da questão aqui: uma submissão ao direcionamento do Espírito de Cristo em todas as coisas, não ao espírito humano! Este é cheio de falhas e induz ao erro, enquanto Aquele é perfeito e conduz à Vida!
Valeu por sua ótima contribuição, Franklin!!!
Forte abraço e continue na Paz!
René,
Taí...
Se tem algo que sempre me deixou intrigada é esse negócio de ver alguém defendendo sua denominação com unhas e dentes. Que coisa mais estranha! Anulando o Perfeito e Definitivo Sacrifício...
Está consumado, ué! É só descansar em Deus. Mas, não! nosso espírito pagão do "toma lá, dá cá" diz que é muito pouco. É simples demais para a arrogância humana. Será que eu não preciso fazer algo?! E tome esforços vãos...
E esse esforço enoooorme que se vê por aí nos membros das mais diversas denominações nos remete à passagem do jovem rico cheio de petulância perguntando ao Mestre:
"O que devo FAZER..."
Caramba, já está feito.
Como diz a Dri, não é fazer, é SER.
Ser Igreja.
Agora durma com uma simplicidade dessas rsss
Sim, porque é simples mas não é fácil. É mais fácil adotar o rótulo de crente seguindo um molde igrejista, obedecendo a pastor tal e cumprindo determinado horário e função.
Enfim, como já disse anteriormente, nada como a lucidez de ser uma desigrejada dentro da igreja.
O&A
Pois é, Rê,
Essa é a essência: SER, não FAZER!!!
Mas sabe por que isso não é fácil, Rê? Porque o Espírito nos faz olhar para nós mesmos, lá dentro! E não gostamos do que vemos, do que Ele também não gosta e vai desfazer, pra construir algo novo. Já as religiosidades nos fazem olhar pra fora, pras aparências que podemos construir. Isto é bem mais fácil, bem menos dolorido!
Bom poder compartilhar dessa lucidez!!!
O&A também!!!
Meu irmão, entendo tudo o que expôs, compreendo da mesma maneira HOJE, mas continuo muito grato a Igreja Presbiteriana do Brasil por suas muitas aulas e instruções, também sou grato a Igreja Batista da qual o Zézinho faz parte, pois foi o Zézinho que é da instituição quem me apresentou o Evangelho da Graça de Deus.
A pergunta agora a mim, talvez seja: Então por que você não faz mais parte da instituição protestante? Primeiro porque tão logo eu aceitei a graça de Deus na Igreja Batista, já fizeram a tal listinha das leis que não poderia quebrar como tão bem você descreveu. Aí perguntei, mas não é de graça e pela graça? Então por que tenho de cumprir isso tudo aí? Ninguem me deu resposta convincente e caí fora e após ler todo o Novo Testamento fui para a Presbiteriana. Lá também tinha regrinhas, leis, mas na época eu queria companhia e me submeti as leis para ter comunhão. E tive sim, dentro de uma das panelinhas, os coitados que estavam de fora das panelinhas é que sofriam, eu estava bonito na fita.
Enfim duas décadas se passaram e eu acordei do farisaísmo e fui salvo de mim mesmo, só que desta vez, Deus que já me havia salvo por Sua graça, me resgatou da hipocrisia, da farsa, daqueles que dizem que a bíblia é a única regra de fé e prática quando NÃO é, se fosse, não teriam profissionais da fé, não seguiriam confissões de concílios, não teriam catecismo e nem nomeariam só os ricos para presbíteros e os pobres para diáconos. Seus pastores cuidariam mais das ovelhas e menos das contas bancárias e administrações das paredes. Enfim, seu texto é ótimo! Perfeito, e isto apesar da minha gratidão por tudo de bom que partiu da instituição para mim. Outra coisa é que não me converti através do templo, mas através da Igreja de Cristo de nome Zézinho e no meu trabalho. Ide por todo o mundo, em todos os lugares e pregai o Evangelho, o Zézinho obedeceu e fui salvo, façamos como ele e deixemos de lado tudo o que é secundário.
Muito bom e muito propício esse seu comentário/testemunho, Cláudio!!!
Esse discernimento que você teve sobre o instrumento usado pelo Espírito Santo para a sua conversão é o que considero faltar às pessoas. Você percebeu que uma pessoa foi usada pra isto, não a instituição. Esta, na verdade, passou a levar você pra outro lado, por outros caminhos. E é sobre isto que dissertei um pouco.
Deus Se revelou a você, e a mim, e a tantas outras pessoas, apesar das instituições religiosas, não por causa delas. O que elas mantêm, através dos séculos, é a sua própria tradição, não o Evangelho do Senhor. Tanto, que o próprio Senhor, diante da religião, grita para os seus amados: "Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam!" (Ap 18.4).
Cada vez mais, esse chamado tem sido ouvido, graças a Deus!
Forte abraço, querido amigo, e Paz!
René, tem entrevista com Wendel lá no blog, se quiser participar e deixar uma pergunta pra nosso irmão fique a vontade, bom você conhece o caminho e sabe como proceder pois ja participou.
Ah, mais uma vez Franklin me surpreendeu. Deus o abençoe cada dia mais. Paz querido...
Obrigado pelo convite, Rô! Daqui a pouco passo por lá!
O bom das surpresas do Franklin, é que elas têm sido, sempre, positivas!!
Paz!
Querido amigo,
Você sabe que exerço o ofício de pastor na Igreja Bíblica Cristã. Fui chamado ao pastorado ainda em minha juventude, quando o Senhor me chamou audivelmente. Tentei fugir, resistir, negar meu chamado, mas descobri que "dura coisa é recalcitrar contra os aguilhões".
Mas concordo com quase tudo que você escreveu, principalmente com a frase: "pessoas foram salvas pela revelação pessoal de Deus a elas, através de Seu Espírito, apesar das igrejas, não por causa delas." A palavra de Deus nos basta para nos conduzir ao arrependimento e fé em Cristo.
No entanto, não posso concordar que todas as igrejas, independente de denominações, devam ser colocadas dentro de um mesmo julgamento. Generalizar sempre me pareceu um equívoco. É a mesma coisa que dizer, por exemplo, que todos os médicos são incompetentes por causa de alguns que erraram em seus tratamentos.
Lamentavelmente, as igrejas em sua maioria se desviaram do verdadeiro evangelho. O culto se tornou um show, o altar um palco, o pastor um animador de auditório, e os membros consumidores de um falso evangelho. Quando despertei para isso, cerca de dois anos atrás, pensei seriamente em desligar-me da igreja e abandonar o pastorado, tamanha decepção. Estava quase tudo errado em nossa própria igreja! Como mudar isso na mente das pessoas?
Mas o Senhor não permitiu que eu me acovardasse, mas orientou-me a compartilhar a verdade. Para minha surpresa, os irmãos do ministério compreenderam o evangelho e concordaram que fizéssemos as mudanças necessárias para sermos o mais próximo do que o Senhor espera que sejamos como igreja. Foi quando descobri o poder da palavra da verdade, do evangelho de Cristo.
Não há espaço aqui para relatar tudo quanto foi mudado. O importante é que hoje não nos reunimos mais para um show, ou por interesse de bênçãos, mas somente para adorarmos juntos ao Senhor, por meio de cânticos, orações e de sua Palavra. Não temos mais a igreja como instituição, mas como irmãos que se reúnem, tanto no "templo" como nas casas, para aprenderem o Caminho.
Hoje vemos pessoas verdadeiramente convertidas, que morreram para si mesmas e agora são uma nova criatura em Cristo Jesus. Glória a Deus!
Quanto aos pastores, evangelistas, etc, a questão é que isso são funções e não títulos. Não existe o título de pastor, bispo, na bíblia, mas existe a função de pastorear e supervisionar a igreja do Senhor. Negar que exista este chamado é negar as Escrituras. Mas eu já li seu artigo em que você declara crer na Bíblia como a Palavra de Deus. Imagino que você não esteja negando a função, mas apenas os títulos, que fazem as pessoas crerem que são umas melhores que outras, quando na verdade não existe tal coisa. Somos todos irmãos em Cristo e iguais perante Deus.
Mas o fato é que a maioria das igrejas está mesmo desviada do Senhor e precisa passar pelo despertamento que passamos e ainda estamos passando. Se nossa igreja tivesse recusado o evangelho, confesso que eu não poderia ser membro de nenhuma das igrejas próximas à minha casa. Estão todas desviadas, dando glórias ao homem e não verdadeiramente a Deus.
Por isso compreendo sua indignação com as igrejas atuais. Seu artigo me pareceu mais um desabafo do que um estudo bíblico. Mas eu pretendo também escrever sobre isso e, quando eu fizer, talvez também seja o meu desabafo.
O importante é sabermos que a salvação não está entre quatro paredes e que o nosso Deus é infinitamente maior que religiões e denominações.
Termino com uma palavra de Esperança. Sempre existe o remanescente fiel, servos de Deus que não se dobraram a baal. Assim como o Espírito Santo me despertou, tenho a esperança de que o faça também com outros pastores, e que eles amem ao Senhor o suficiente para mudar o que precisa ser mudado.
Um forte abraço, amigo, na graça e na paz do Senhor Jesus!
Meu amado amigo Alan,
Não esperava outra coisa de você: coerência, equilíbrio e conhecimento da Palavra! Estes atributos pude reconhecer em você, logo nos primeiros contatos que tive com seus escritos. Foram ratificados, quando nos conhecemos mais amiúde!
Mas, claro, preciso esclarecer alguns pontos, pois sei que concordamos, em essência, sobre o assunto. Seu próprio comentário revela isto. Vejamos:
Generalização: você diz considerar um equívoco. No entanto, ao final do comentário, afirma que, se sua igreja tivesse recusado o Evangelho, você não poderia ser membro de nenhuma igreja próxima à sua casa. Ou seja: a regra é essa que eu expus. E é evidente que para esta regra também existem exceções. E você há de convir comigo, que elas são raríssimas! Portanto, a generalização é cabível, sim, respeitando-se, sempre, às exceções! E sou o primeiro a respeitá-las! No entanto, escrevi chamando atenção para o erro, não para o acerto, assim como o Senhor não veio buscar justos, mas pecadores. Não se exorta quem age corretamente, mas quem persiste no erro! Você, por exemplo, ouviu o que o Espírito disse à igreja, se arrependeu e mudou seu caminhar! Eu poderia exortá-lo, por isto? Nunca! Meu desejo é que aqueles que se enquadram no que descrevi, parem de ouvir ao homem e comecem a dar ouvidos ao Espírito de Cristo!
Seu relato do que aconteceu em sua igreja (mais o que não relatou por falta de espaço, aqui) é prova cabal da correção de tudo que aqui foi escrito! Hoje, sua igreja não faz mais parte dessa regra, mas da exceção à regra!
E você acertou ao tomar este artigo como um desabafo, porque isto era algo que me incomodava há muito tempo! Em todas as vezes que tentei mostrar esse equívoco a líderes de diversas igrejas, fui calado! Então, usei este artifício (blog), que é pessoal, para externar o que penso, a quem interessar possa! Ou seja, desabafo, como você disse!
Outro acerto em suas considerações é sobre os títulos/funções. Eu nunca poderia negar a existência dessas funções, tanto que as citei como dons concedidos pelo Espírito Santo! Mas o homem rejeita a atuação do Espírito e usa os nomes dos dons como títulos particulares, obtidos através do esforço próprio e da capacidade humana. Estes são condenáveis!!! São imundície, diante de Deus!
Sua citação final, sobre os que não se dobraram a Baal, é perfeita! No contexto original, Elias se viu só. Não conseguia enxergar mais nenhum verdadeiro adorador do Senhor. Mas existia um remanescente. Estava oculto pelo próprio Senhor! O que se via, eram homens jactanciosos que se fiavam no próprio homem. Elias estava errado em generalizar? Não! Era a verdade aparente, assim como é hoje! No entanto, já que a Palavra registrada de Deus serve para a nossa instrução, hoje sabemos que o Senhor opera da mesma forma e, evidentemente, tem Seu remanescente fiel (já não tão oculto assim), o qual está sendo e será usado conforme Sua vontade, cumprindo Seus propósitos!
Por fim, digo a todos, não só a você Alan, que esta postagem não é uma "condenação"! É uma exortação, do mesmo tipo que fez Elias: quem é de Deus, siga ao Espírito Santo (fique de um lado)! Quem não é, siga ao homem (fique do outro lado)!
Gostei muito do seu comentário, querido amigo, pois trouxe esclarecimento sobre alguns pontos ocultos! Valeu!!!
Forte abraço e continue na Paz!
Glória a Deus!
Sua resposta ao meu comentário elucidou ainda mais seu excelente texto.
Sou muito grato a Deus por conhecê-lo e poder lhe chamar de amigo.
Deus lhe abençoe cada dia mais!!!
Alan,
Creio que nossa amizade foi forjada pelo Senhor, não a partir do momento que nos conhecemos, mas desde a construção do novo homem que Ele começou a operar em nós, através de todas as circunstâncias de nossas vidas! Ainda que discordemos em um ou outro assunto, reconhecemos, um no outro, sermos filhos dEle!!!
Compartilho de sua gratidão a Deus, por isso!!
Abração e muita Paz!
Paz irmão amado!!
Belo texto,e por certo que é um fruto do Espírito da verdade,que nos ensina todas as coisas.
Nem preciso ,mas digo que concordo com tudo que escreveu,pois temos o mesmo entendimento sobre o SER igreja,o templo único e verdadeiro onde habita o Espírito da verdade,a instituição religiosa na maioria não passa de uma fraude,pois nem base bíblica para tal encontramos,o que vemos são irmãos reunidos em nome Dele,em seus lares,e livres para amar e fazer a SUA vontade,IR e pregar o Evangelho,não vejo sinceramente lugar mais apropriado do que o seio familiar para deixar que o Espírito possa agir,distribuindo dons,e edificando uns aos outros de forma justa,afinal somos todos irmãos,não há hierarquia na verdadeira igreja,aliás o clero é um engano dos mais lastimáveis...
Sempre lembro que Ele disse...
Onde estiver dois ou três em meu nome,estarei no meio deles...
Também...Deus não habita em templos....a igreja noiva é a universal assembléia de todos os salvos,ser membro de uma denominação é apagar o Espírito,pois nesses lugares o homem é o líder e não Ele ,nosso Mestre.
Um só é nosso Rabi,lembremo-nos sempre que pastorear é um dom como todos os demais,não é cargo nem profissão,tão pouco deveria ser usado antes do nome de qualquer servo.
Paz irmão René,que nosso Eterno YHWH O GUARDE E ABENÇOE!!
Amém, minha querida amiga Rita!!!
É verdade, já faz algum tempo que sabemos que temos o mesmo discernimento nesse assunto!
O versículo que você citou, sobre Jesus estar no meio de dois ou três que estejam reunidos em Seu Nome, até amplia mais o espaço possível de reunião, não o restringindo somente a casas, também. Ele deixa claro que o importante não é o local, mas quem lidera a reunião: o próprio Senhor! E esta tem sido a nossa busca, não? Que o próprio Senhor, através do Seu Espírito, nos dirija, nos ensine, nos oriente, enfim, comande nossas vidas, a cada passo que damos!
Muito bom ter você por aqui, Rita, como sempre!!!
Forte abraço e continue na Paz!
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