"Portanto, ninguém se glorie em homens; porque todas as coisas são de vocês, seja Paulo, seja Apolo, seja Pedro, seja o mundo, a vida, a morte, o presente, ou o futuro; tudo é de vocês, e vocês são de Cristo, e Cristo, de Deus."
PENSE NISTO: "O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou do seu ego!" (Albert Einstein).

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um Chamado à Intimidade

- por René Burkhardt | 04 de Julho de 2010

Jesus nos ensinou, o tempo todo, a buscarmos intimidade com o Deus Pai. Os judeus tinham medo (e ainda têm), até mesmo, de pronunciar o nome de Deus. Aí, ao nos ensinar a orar, Ele já demonstra que devemos nos dirigir com intimidade a Deus, sem medos, chamando-O de Pai. Não só nessa oração, mas também na parábola do filho pródigo e outras diversas passagens bíblicas, a demonstração que temos é de um relacionamento íntimo de Pai e filho. Mas o que é, exatamente, viver essa intimidade? Seria, apenas, no momento de falar com o Pai, ou quando voltamos envergonhados, com o “rabinho entre as pernas”, para pedir o Seu perdão?

Entendo que essa intimidade é bem mais do que isto. Nossa vida íntima com Deus deve se manifestar a todo momento, em todos os dias, através de nossas atitudes diante de Deus e diante dos homens. Neste aspecto, vejo a parábola da grande ceia, em Lucas 14.16-24, como uma grande indicação para isso.

Nessa parábola, um certo homem, que representa Deus, convida a muitas pessoas para participarem de uma grande ceia que ele havia preparado. Ora, certamente, esse homem convidou pessoas de seu relacionamento íntimo, para confraternizarem com ele. Como este homem representa a Deus, as pessoas que Ele convidou são, hoje, os cristãos. Mas, como disse no início, nós somos chamados a ter intimidade constante com o Senhor, em nosso dia a dia, não apenas quando formos para o céu. Dessa forma, podemos entender esse convite para a grande ceia como sendo um convite constante, permanente, diário.

Mas como esse convite nos é feito? A todo momento, surgem, diante de nós, aquelas “boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). Essas obras não se limitam à nossa ajuda a pessoas que tenham passado por uma catástrofe natural, a povos que passam fome, a órfãos e a viúvas. Essas boas obras são muito mais numerosas e muito mais comuns em nossas vidas, do que temos realmente percebido.

Na parábola, Jesus se refere a desculpas comuns e que, aparentemente, não são atitudes más, que usamos para não atendermos ao convite de Deus. Ele diz que usamos como desculpas nossas próprias obrigações diárias, que, em si mesmas, não são más. Não é errado nos concentrarmos em nosso trabalho. Não é errado cuidarmos dos bens que o Senhor nos entregou para administrarmos. Não é errado cuidarmos de nossas famílias. O erro não está nisso! O erro está em colocarmos tais coisas acima de nosso relacionamento íntimo com o Senhor. Ele tem a primazia sobre todas as coisas! É para Ele que devemos olhar, mesmo diante das questões mais simples de nosso cotidiano.

Então, na verdade, Jesus está dizendo: “Lembra quando aquele mendigo lhe pediu um prato de comida e você disse que não poderia atendê-lo, porque estava em cima da hora de ir trabalhar? Era eu que estava convidando você a saciar a minha fome de intimidade com você! Lembra quando aquele vizinho lhe pediu o carro emprestado para levar a esposa ao hospital e você disse que não poderia atendê-lo, porque você era zeloso com seu patrimônio e não poderia correr o risco de danificá-lo? Era eu que estava convidando você a ter intimidade comigo através do meu maior patrimônio, o ser humano! Lembra quando aquele seu parente foi chorar sua dor com você e, porque estava fazendo o jantar para a sua família, você disse a ele que voltasse outra hora? Era eu que estava convidando você a ter, comigo, a intimidade de uma família!”.

O Senhor conhece todas as nossas obrigações, todas as nossas necessidades. Mas é Ele que sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder. Por isto, quando nos deparamos com alguma circunstância que demande amor, piedade, não podemos deixar de atendê-lO, por mais “santa” que seja a nossa desculpa. Já que Ele sustenta todas as coisas, atendê-lO não irá prejudicar nada que estejamos por fazer. Podemos ter a certeza de que em muito mais vezes do que imaginamos, Ele está nos dizendo: “Este é o caminho, ande por ele e você terá intimidade comigo!”.

9 comentários:

Regina Farias disse...

René,

Assim você me força a plagiar um pouco do que vc disse lá no meu blog: Obrigada por trazer à memória o mandamento que resume no único ministério que Cristo nos confiou.

Isso é muito sério.

Pois enquanto formos religiosos e ocupados em seguir à risca (e será que seguimos mesmo à risca?) o que determina a doutrina, com seus preceitos, seus códigos morais e 'disciplinantes', cada vez mais vamos nos distanciando dessa intimidade que você coloca com toda clareza.

Enfim...

Só não entende que não está a fim e ponto. Aí 'passa ao largo...'

Abs,

R.

René disse...

Então, Rê,

Escrevi este texto no meio do ano passado, mas, depois de ler seu comentário, percebi que ele tem muito a ver com as coisas que você tem comentado no blog do Hélio e com o texto do Caio que você publicou em seu blog... Que bom!

Abração e continue na Paz!

Regina Farias disse...

Uma coisa leva a outra...

O nome disso seria conexão?

René disse...

Com certeza!!! Conexão pelo Espírito de Cristo!

Acho que o Franklin chamaria de Conexão da Graça! rsss

Wendel Bernardes disse...

Renê, meu mano...
Jesus chamava diariamente a intimidade aqueles que estavam dispostos a ver algo novo e vivo crescer dentro do peito.

Como a Bispa bem comentou, a Religião, embora 'bonitinha e certinha' não pode 'resolver' o problema da distância que o homem AINDA possui de Deus, mesmo seno um bom cumpridor das regras e dos bons costumes (como se diz por aí...)

Creio que alguns desses exemplos bem alinhavados por você vêm mostrar a ineficácia da Igreja como Instituição.

Jesus veio estabelecer na Terra o que na Terra não havia!
Religião, aqui já tinha de montes...
Jesus veio trazer na Terra a Comunhão livre entre Deus e homem, coisa que era facultativa e muito esporádica...

Tô dentro...
Precisava ouvir de novo!
Abraço sumido!

René disse...

Wendel, meu querido sumido,

Gostei da sua frase: "Jesus veio estabelecer na Terra o que na Terra não havia!".

É bem isso, mesmo. Havia muita "performance", muita pompa e circunstância pra se demonstrar que se buscava a Deus. E Jesus veio mostrar o caminho certo, que é Ele mesmo, e que é muito mais curto, direto e íntimo.

Valeu pela colaboração, meu amigão!

Forte abraço e continue na Paz!

Wendel Bernardes disse...

Querido sim, sumido nem tanto... afinal veja se na sua última postagem num tem o comentário desse que vos escreve?
Que infâmia, nobre sumido.... (kkkkkkkkkkkkkkk).

Rapaz, acabei de ver que comi um 'd' em 'sendo'.... ficou muito ruim, viu? A Bispa precisa logo vir aqui pegar seu tecladinho analfa!

Agora sobre sua répilca;
Jesus veio encurtar o caminho que a religião alongou e ainda jogou pedras para 'facilitar' a caminhada...

Estou descobrindo a cada dia como é mais fácil caminhar com Ele do que tropeçar na Religião!
Abraço sumido real!
rsrssrsrsrsrrsrssrsr

René disse...

Rapaz, esses teclados que a Bispa distribuiu estão dando o que falar!!!

Infâmia, chamar você de sumido? Veja a data da última postagem... rssssss

Mas, a sério, essa facilidade de caminhar com Jesus, sem a religião, como você disse, é verdadeira. A dificuldade está em nos livrarmos de toda a religiosidade impregnada em nosso ser!

Abração, meu amigo, sumido ou não!

Regina Farias disse...

Vcs ficam aí me caluniando, vou processar rsss