Tenho procurado não publicar textos muito longos, mas este é de uma importância imensurável, para que fosse deixado de lado. Vale a pena um esforço a mais, uns minutos a mais.
Mensagem de David Wilkerson em 1988
Creio que poucos cristãos se consideram impacientes. A maioria dos verdadeiros seguidores de Jesus admitirá que ainda não chegou lá, que não é semelhante a Cristo, tanto quanto gostaria. Dirá que há áreas em sua vida que precisam de grandes melhorias. Mas poucos cristãos reconhecem em si próprios uma certa forma de impaciência que é espiritual em sua natureza.
É sutil, no entanto pode causar confusão na vida do mais fiel dos servos de Deus. De fato, tem afetado o caminhar fiel de muitos. Para ajudar a entender isso, deixe-me sugerir essa impaciência como uma forma de orgulho. E trago essa definição diretamente das escrituras: orgulho é independência, enquanto humildade é dependência.
O tipo de orgulho do qual falo é a impaciência de esperar Deus agir a Seu tempo e à Sua maneira. Ela se apressa em resolver as coisas ela mesma. Após décadas no ministério, estou convencido de que essa é uma das maiores tentações encarando todo verdadeiro cristão: agir apressadamente por conta própria, quando parece que Deus não está trabalhando rápido o suficiente.
Um dos exemplos bíblicos mais claros de alguém que não pôde esperar pelo tempo de Deus é o rei Saul
Saul cometeu exatamente esse pecado em Gilgal, no início de seu reinado sobre Israel. O profeta Samuel ungira Saul como rei e, agora, os dois homens discutiam a grande guerra que Israel enfrentava contra os filisteus. Samuel deixou claro a Saul que ele era o homem chamado por Deus para quebrar a escravidão que os filisteus mantinham sobre Israel.
Como a hora da guerra se aproximava, Samuel ordenou a Saul que esperasse por ele antes de ir para a batalha. Todo o povo deveria se reunir em Gilgal para buscar ao Senhor pedindo orientação e, então, Samuel retornaria com uma palavra de direcionamento proveniente de Deus. Ele diz a Saul: “Esperarás sete dias, até que eu vá ter contigo e te declare o que hás de fazer” (1Sm 10.8).
Simplificando, somente Deus deveria permanecer no controle total. O plano de guerra contra os filisteus era para ser todo obra Sua. Samuel representava a voz do Senhor e, através dele, Israel receberia direção sobrenatural e soberana. O próprio Deus formaria os planos de Israel e os mostraria como travar a guerra.
Então Saul deveria esperar em Gilgal pela palavra que viria de Samuel. Mas a guerra começou antes do esperado, quando o filho de Saul, Jônatas, feriu uma guarnição de filisteus em Geba. Quando isso aconteceu, Saul soou a trombeta para ajuntar todo o povo em Gilgal.
No entanto, enquanto aguardava lá, Saul ficou impaciente esperando Samuel chegar. Os filisteus estavam avançando, mas de acordo com a ordem de Deus, Saul por si só não podia fazer nada até que Samuel trouxesse a palavra para dirigir Israel na batalha.
Enquanto isso, o exército israelita estava em pânico. Era uma milícia heterogênea e pequena, sem uma única espada entre eles. Tudo o que tinham eram machados e ferramentas rurais, enquanto o inimigo era formado por 6000 cavaleiros, milhares de carros de guerra, e soldados que pareciam a eles tão numerosos como grãos de areia. À medida que o numeroso e bem armado exército filisteu se aproximava, os homens de Saul se amedrontavam. Rapidamente começaram a desertar para todos os lados.
Deus sabia, o tempo todo, que Israel ficaria nessa situação. De fato, foi essa mesma a crise de guerra que Samuel discutira com Saul para prepará-lo. Não importava o tamanho ou poder do inimigo, os israelitas deveriam ajuntar-se em fé para esperar em Deus pela Sua clara palavra de orientação. Isso não seria apenas uma questão de esperar, mas de “esperar até que” – até que a palavra chegasse, até que a direção do céu fosse dada. Samuel dissera claramente a Saul: “esperarás... até que eu vá ter contigo e te mostre”.
Ao invés disso, Saul estabeleceu um prazo para Deus agir. Ele não o declarou, mas foi um prazo o que determinou em seu coração. Saul decidiu que, se uma palavra do alto não chegasse até certo momento, ele faria o que fosse necessário para salvar a situação.
“Esperou Saul até sete dias, segundo o prazo determinado por Samuel; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se foi espalhando dali. Então, disse Saul: Trazei-me aqui o holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto” (1Sm 13.8-9).
Impaciente, Saul tomou a frente, agindo pecaminosamente como sacerdote para oferecer o sacrifício. Mal sabia ele que Samuel estava logo atrás da curva. Em breve o profeta chegaria sentindo o cheiro do sacrifício que Saul oferecera e se inflamando diante da impaciência pecaminosa do rei.
Samuel se atrasou poucas horas porque Saul estava sendo testado
Estou convencido de que Samuel estava atrasado porque Deus falara claramente com ele, dizendo-lhe exatamente quando chegar. Entenda, isso era um teste para ver se Saul cria ser Deus digno de confiança. Diria se Saul esperaria pacientemente em fé, mesmo se as coisas não ocorressem de acordo com os planos.
O fato é que Deus orquestrara tudo. Ele desejara dar a Saul um testemunho de dependência humilde Nele em todas as coisas, especialmente numa crise tenebrosa. Mas Saul falhou no teste. Ele olhou para as condições piorando e tudo parecia sem esperança. A lógica lhe dizia que o tempo havia se esgotado, que alguma coisa deveria ser feita.
Você consegue se imaginar na situação de Saul? Imagino-o raciocinando consigo mesmo: “Não agüento mais essa indecisão. Deus me enviou pra fazer a obra e estou disposto a morrer por Sua causa. Então, será que devo realmente ficar aqui sentado sem fazer nada? Preciso fazer alguma coisa acontecer ou será o fim. Se eu não agir, tudo sairá do controle”. Saul sentiu uma necessidade aguda de agir imediatamente na situação. E finalmente a impaciência o dominou.
Tenho de admitir, é aqui que tenho falhado às vezes em meu caminhar com o Senhor. Certas vezes não esperei pela orientação e resolvi eu mesmo o caso. Simplesmente não gosto de me sentir impotente e desesperado. Nunca senti mais isso, do que quando voltamos à Nova York nos anos 80 para iniciarmos a igreja de Times Square.
Depois de anos em nossa propriedade no Texas, eu estava novamente dependendo da boa vontade dos horários dos donos e dos construtores de imóveis. Quando as coisas não funcionavam, eu tinha de esperar - e isso me deixava impaciente. Por um tempo, alugamos espaços de teatros na Broadway e eu ficava ansioso para termos o nosso próprio prédio. Eu clamava: “Senhor, há tanto a ser feito em Nova York e tão pouco tempo. Quanto mais teremos de esperar? É preciso que Tu ajas”.
No entanto, vez após vez Deus me respondia pacientemente: “David, você confia em Mim? Então espere. Tendo feito tudo ao seu alcance, se aquiete e veja a Minha salvação”.
Você deve ter ouvido a expressão: “A parte mais difícil da fé é a última meia hora”. Posso testemunhar isso inúmeras vezes em todos os meus anos no ministério. O período mais difícil é sempre exatamente antes da resposta chegar, pouco antes de Deus operar Seu livramento. É quando começamos a esmorecer e murchar. De repente somos fortemente tentados a fazer algo acontecer por conta própria. Isso pode nos conduzir à confusão e a planos que não são de Deus.
Veja a lição de Saul quando ele tomou a frente de Deus: “Mal tinha ele acabado de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou” (1Sm 13.10). A direção divina estava a apenas alguns minutos de distância. No entanto, Saul não conseguiu esperar.
Existem implicações sérias, quando não esperamos Deus agir
Diversas vezes em situações assim, nós acusamos Deus de negligência. Saul fez isso quando impacientemente agiu por conta própria. Ele estava dizendo, em essência: “Deus me enviou pra fazer Sua obra. Mas agora Ele me abandonou para eu descobrir como fazê-la acontecer. Estou sendo forçado a sentar e esperar, mas certamente Ele quer que eu haja. As coisas estão saindo do controle. Logo tudo estará perdido”.
Talvez isso descreva o seu próprio pensamento às vezes. Tal como Saul, cada um de nós somos ordenados a esperar no Senhor, nos aquietar e vê-Lo operar livramento, confiar Nele em todas as coisas para que Ele possa dirigir nossos caminhos. Mas quando nosso prazo interior passa, ficamos nervosos com Deus e tomamos nosso próprio rumo. Quando tomamos a frente Dele, estamos declarando: “Deus não se importa comigo. Orar e esperar não funciona. As coisas só pioram dessa forma. A Sua palavra não é confiável”.
No entanto, Deus nos deu a responsabilidade de esperarmos Nele em oração. Ele desejava muito ouvir Saul dizer: “O Senhor cumpre a palavra. Sei que Ele fala fielmente com Samuel - nenhuma vez as palavras dos lábios deste profeta caíram ao chão. Agora, com os poderosos filisteus marchando em nossa direção, não vou entrar em pânico. Deus me disse pra esperar Sua orientação – e eu vou esperar. Se eu morrer, morrerei confiando em Deus”.
“Que todo meu exército deserte. Que todo israelita seja um covarde. Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso! Ele vai me enviar ajuda. Essa guerra não é minha – é Dele. A verdade é que eu não tenho a mínima idéia de como enfrentar os filisteus. Está tudo em Suas mãos. Farei exatamente como fui ordenado por Ele, que é esperar em Sua palavra. Ele agirá em resposta ao clamor do meu coração”.
Circunstâncias problemáticas e situações de fogo podem trazer confusão. Nessas horas, nossa impaciência começa a argumentar: “Deus não deve ter querido dizer exatamente o que disse. Ou talvez o problema esteja na minha habilidade em ouvir Sua voz. Para início de conversa talvez eu O tenha ouvido errado. Tudo o que sei é que o que Ele me disse e o que eu vejo acontecer, não batem”.
Saul agiu puramente com lógica e razão, não com confiança. Ouça a série de desculpas que ele deu a Samuel por tomar a frente da direção de Deus: “Vendo que o povo se ia espalhando daqui, e que tu não vinhas nos dias aprazados, e que os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, eu disse comigo: Agora, descerão os filisteus contra mim a Gilgal, e ainda não obtive a benevolência do Senhor; e, forçado pelas circunstâncias, ofereci holocaustos” (1Sm 13.11-12). Saul decidiu ele mesmo resolver com as próprias mãos, fazendo o que julgava ser a única opção. Terminou em sofrimento.
Essa questão de esperar é tão importante que encontramos referências a isso ao longo de toda palavra de Deus. Isaías escreve: “E naquele dia se dirá: eis que este é o nosso Deus, por ele temos esperado para que nos salve. Este é o Senhor, por ele temos esperado, na sua salvação gozaremos e nos alegraremos” (Is 25.9). “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que opera para aquele que nele espera” (64.4).
Está dizendo para se comparar a impaciência de Saul com o modo que Davi esperou no Senhor por orientação. A Bíblia oferece uma descrição convincente de como Deus falou com Davi, com orientação clara e específica:
“Os filisteus tornaram a subir e se estenderam pelo vale dos Refains. Davi consultou ao Senhor, e este lhe respondeu: Não subirás; rodeia por detrás deles e ataca-os por defronte das amoreiras. E há de ser que, ouvindo tu um estrondo de marcha pelas copas das amoreiras, então, te apressarás: é o Senhor que saiu diante de ti, a ferir o arraial dos filisteus. Fez Davi como o Senhor lhe ordenara; e feriu os filisteus desde Geba até chegar a Gezer” (2Sm 5.22-25).
A cruz representa a morte da minha vontade humana e da minha ambição carnal
Aqui está a verdadeira humildade: “Cristo se humilhou ao morrer na cruz”. Jesus dissera aos discípulos: “A Minha comida, o preenchimento da Minha vida, é fazer a vontade dAquele que me enviou” (ver Jo 4.34). “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo” (5.30). Em termos simples, Cristo estava dizendo em essência: “Eu me recuso a resolver os assuntos Eu mesmo. Eu aguardo receber cada direcionamento de Meu Pai”.
Jesus se humilhou, tornando-se dependente do Pai em todas as coisas. João fala que devemos ser como Ele nesse aspecto: “qual ele é, somos também nós neste mundo” (1Jo 4.17).
Todo seguidor verdadeiro de Cristo disse em seu coração: “Quero fazer apenas a perfeita vontade do Senhor”. No entanto, é aqui exatamente que tantos de nós deixamos passar a oportunidade! Começamos a desejar algo que parece bom, soa lógico, parece perfeitamente alinhado com o que achamos ter Deus para nós – mas não é a vontade Dele para nós. Essa é uma das maiores armadilhas que os cristãos enfrentam: uma boa idéia que não é proveniente da mente de Deus.
A pergunta mais importante que podemos fazer em relação a isso é: “O meu desejo consegue sobreviver à cruz?”. Você pode orar para ver seu desejo vir a acontecer e até mesmo fazer uma lista de outros fiéis para interceder por ele. No entanto, você está disposto a depositar aquele desejo ou plano aos pés da cruz e largá-lo ali? Você pode morrer para ele? Quando o plano de Deus for revelado, você terá paz. Os caminhos e modos de Deus trazem paz e descanso.
Permita-me lhe perguntar: você está disposto a dizer ao Senhor: “Talvez não seja o Diabo que esteja me barrando ao buscar isso. Talvez sejas Tu, Senhor. Sei que se isso não for a Tua vontade poderia me machucar; no mínimo irá me afastar da Tua perfeita vontade e de Teus planos para meus passos. Desejo somente a Tua vontade e o Teu caminho para a minha vida”.
É quando nos rebaixamos para a morte da vontade própria e da ambição que ouvimos Deus falar conosco
“Vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus... e todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz” (Jo 5.25, 28).
Amado, milhares de cristãos arrumam problemas por ainda ouvirem “vozes calmas e suaves” que não são de Deus. Há tanta confusão entre os crentes hoje, porque não morreram para a vontade própria, para então ouvir a verdadeira voz de Deus. Sim, nosso Senhor realmente fala com Seus filhos. Só podemos ouvir a Sua santa e inconfundível voz se aceitarmos pela fé que nosso velho homem independente está crucificado com Cristo.
Ele está à procura de dependência total. Isto significa confiar plenamente Nele para fazer a coisa certa da maneira certa em nosso favor. E isso significa esperar pacientemente Nele, não com ansiedade, mas em espírito de descanso.
“Descansa no Senhor e espera nele; não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios... não te impacientes; certamente, isso acabará mal” (Sl 37.7-8). O salmista nos oferece esse sábio conselho: “Não tenha inveja dos outros que parecem bem sucedidos em suas ambições. Eles parecem estar te deixando para trás, enquanto você não está sendo abençoado. Mas você não deve ficar ansioso por isso. Apenas espere em oração por descanso, até Deus abrir a porta. A paciência está operando uma obra divina em você. Você está se fortalecendo no Senhor ao esperar em fé. Deixe que a paciência complete sua obra perfeita em ti”.
Amado, a maneira de Deus não é a maneira do mundo. E a única maneira de ganhar experiência divina é esperar pacientemente Nele em fé. Esse tipo de experiência piedosa chega àqueles em comunhão com o Senhor: “sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança” (Rm 5.3-4).
De fato, Deus equipara “andar de modo digno diante Dele” com paciência e longanimidade jubilosas. “Para que possais andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus, corroborados com toda a fortaleza, segundo o poder da sua glória, para toda a perseverança e longanimidade com gozo”. (Cl 1.10-11, itálicos meus).
No meio tempo, enquanto esperamos em fé para Ele agir, devemos crer que Ele ouve o clamor do nosso coração: “Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor... porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão” (Tg 5.10-11). Deus é grandemente tocado pelas nossas lágrimas e nosso sofrimento. Ele ouve o meu choro.
Jesus nos deu uma promessa pétrea para esses últimos dias
Cristo deixou uma promessa gloriosa para nos cuidar nesses dias negros que o mundo enfrenta agora. Ele diz a todos aqueles que tomaram a Sua cruz e O seguem: “Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra”. (Ap 3:10).
Jesus está dizendo basicamente: “Vocês permaneceram fiéis quando foram testados pelo mundo. Vocês esperaram com gozo Eu resolver as situações. Agora, quando há confusão por todos os lados e o mundo está sendo testado, Eu vos guardarei disso. Vocês já provaram que confiarão em Mim, venha o que vier!”.
As reluzentes testemunhas de Cristo nesses últimos dias serão um povo humilde que provou dEle fielmente. Elas não apenas proclamam, “Deus tem tudo sob controle”, mas, na verdade, permitiram que Ele tivesse o controle de suas vidas. E todos à sua volta viram isso! A beleza de seu testemunho atrairá muitos ao Senhor. E o seu testemunho é: “Ele não teme más notícias, o seu coração está firme, confiando no Senhor” (Sl 112:7). Amém!
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Extraído de http://www.worldchallenge.org/pt/node/9812
10 comentários:
René: Excelente esse texto. Vejo em mim a impaciência todos os dias, nalguns mais, noutros menos, mas sempre presentes achando que Deus é lerdinho e que não vai dar pra esperar muito mais. Essa história é antiga, vemos por exemplo que na Teocracia o povo clama um rei. Será que não pensavam que a monarquia poderia ser mais rápida em suas decisões? Esperar e depender são duas coisas contrárias a nossa natureza caída e imersa no pecado. Ah! Como odeio depender! Ah! Como odeia esperar! "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer" BERRA de dentro pra fora em mim. Miserável homem que sou. Na muita paciência, na graça, na harmonia e paz que só Ele tem pra nos dar. Abração.
Então, Cláudio,
Como você disse, essa história é antiga, e puxou o exemplo do povo pedindo por um rei (e falar de política, hoje, dá um caldo). Eu iria um pouquinho mais longe: será que nós não agimos na nossa própria força, muitas vezes, por pensarmos igualzinho a Eva e acharmos que podemos ser semelhantes ao Altíssimo? Que nós temos a capacidade para resolver nossos problemas? E quando resolvemos algo, afinal, não teria sido o Senhor que nos habilitou para tanto, nos concedendo sabedoria e/ou força?
Não sei... mas sei que esperar em Deus, depender de Deus, entrar no Seu descanso, é difícil pra caramba, pra nós!
Grande abraço!
René: Na verdade eu nem havia me lembrado de Adão e Eva, mas realmente, desde o princípio procura-se injustiça em Deus. E se Ele "demora" está sendo injusto conosco, não está nos atendendo. E pior: Hoje, com o hábito de clicar e instantaneamente obtermos resposta na internet, nos programas de computador, as respostas as nossas orações parecem ainda mais demoradas.
A Paz do Senhor!
Eu confesso que ja estive num passado não muito distante em posição de Saul,não da mais para esperar,Senhor até quando?entre outros gritos de socorro,mas Deus é realmente piedoso,hoje consigo com mais tranquilidade esperar,ter confiança absoluta,crendo que mesmo que minhas sandálias estejam gastas,Deus não me deixará ficar descalça, ele trará a seu tempo segundo sua vontade as respostas que preciso,e todo o mais que me falte ele suprirá,é difícil sim descansar quando a água está no pescoço,como é...Mas é justamente na última gota que O Pai sacia nossa sede.Ah se soubéssemos sempre esperar,ainda bem que não, que aprendizado teríamos sem a escola necessária,Ele nos deixa muitas vezes fazer por nossa conta para que aprendamos que sem Ele não iremos jamais ser bem sucedidos,graças a Deus que hoje ainda temos tempo de aprender que dependemos dele totalmente,ainda que pareça não ter mais como esperar,esperemos na certeza que a fé que ele nos da não é em vão. Eu carpi muito nas pedras,até que a enxada perdeu o fio, dobrei os joelhos e o Senhor arrancou do meu coração a pressa que me atrasava com suas mãos misericordiosas,não podemos estar ansiosos quando temos um Deus que prometeu nunca nos deixar.
Glórias a Deus por mensagens como essa que só acrescentam na nossa vida.
Muita paz e paciência naquele que nunca tarda.
Graça e Paz!!
Mas, Cláudio, o seu exemplo do povo pedindo por um rei é excelente. Inclusive, tem muito a ver com a nossa situação atual. Veja a discussão sobre as eleições: na verdade, o que todos estão buscando não é a resposta para seus problemas, através do "rei" que cada um pensa que vai eleger? Falo dos cristãos, claro, pois as outras pessoas não têm motivos para esperar em Deus. Mas, e nós? Temos realmente que intervir nisso? Ainda que elejamos aqueles que pensamos ser "os melhores", nossos problemas serão resolvidos, ou, pelo menos, serão encaminhados para uma solução (falo de grupo, não de problemas pessoais individuais)? Se tivéssemos, aqui no Brasil, a condição política, econômica e social da Suécia, ainda seríamos cristãos, ou passaríamos a dar mais crédito ao poder humano? Estaríamos no centro da vontade do Pai?
Creio que não! Creio que estaríamos nos apressando, como Saul, buscando nossa própria solução. Creio que não estaríamos esperando em Deus, para que a Sua vontade fosse feita. Pior do que isto: estaríamos impondo a Deus a nossa vontade. Diríamos: "Senhor, você mandou nós orarmos por nossas autoridades. Estou obedecendo. Quero que você abençoe a autoridade que eu escolher. Quero que você me dê a vida que eu sonho, através desse rei".
Será que foi isso que Paulo quis dizer a nós, quando falou pro Timóteo que deveríamos orar pelas autoridades, pra que tivéssemos vida tranqüila?
Abração e Paz!
Pois é, Rita,
O Senhor tem me ensinado isso, durante alguns anos, já. Esperar! Agir quando Ele manda agir, parar, quando Ele manda parar! E, confesso, é um aprendizado difícil e doloroso. Mas esta é a vontade de Deus: que aprendamos a reconhecer a Sua voz e a obedecê-Lo. Foi assim com Abraão, nosso pai na fé, e continua sendo conosco.
E você captou uma verdade incrível: a nossa pressa nos atrasa!
Continue na Paz!
Esqueci de dizer, Cláudio,
Como você disse, estamos na época da comunicação/informação instantânea. Normalmente, quando falamos com Jesus, clicamos no 'enter' e ficamos impacientes e irritados, com a demora da 'abertura da página'. Aí, a gente sai clicando num monte de outras coisas, pra ver se ajuda a coisa a andar mais rápida.
É muito difícil esperar em Deus, pois o momento que estamos dentro de algo que julgamos ser muito importante para nós, queremos logo que seja realizado é tudo muito estressante, e quando a vitória demora, queremos dar uma ajudinha a Deus, e é aí que tudo da errado. Não conseguia esperar nada, E Deus me levou a um deserto de 1 ano e dentro deste ano eu aprendi o que é esperar, pois toda lição que Deus nos da é sempre agindo na espera, na esperança, e na dependência dele. Muito bom seu artigo René. Paz querido!
Não creio que seja só para orar pelas autoridades, mas creio que se temos uma arma poderosa em nossas mãos, devemos usa-la. Esta arma é nosso voto, já que sou obrigada a votar então que seja do meu jeito, que seja conforme a minha conciência para que depois não venha sentir o peso e o fardo imposto pelos políticos em minha vida e de minha família na Sociedade. bjs René
Amada Rô,
Que bom que você aprendeu rápido. Já estou há alguns anos no deserto aprendendo, principalmente, o esperar e o depender totalmente de Jesus!
Quanto à sua posição sobre o voto, compreendo e não discuto. Mostro minha posição, sem querer forçar ninguém a segui-la. Quanto a isto, a Palavra diz: "Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente". Ou seja, cada um deve buscar a orientação da Palavra e do Espírito em todas as coisas e firmar uma opinião em sua mente. De uma forma, ou de outra, é para o Senhor que o fazemos.
Continue na Paz, amada!
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