- por David Wilkerson | 29 de Novembro de 2010
Os irmãos de José não sabiam o quanto eles eram verdadeiramente amados, até Deus usar uma crise para revelar isto a eles. “Quando a fome já se havia espalhado por toda a terra, José mandou abrir os locais de armazenamento... Quando Jacó soube que no Egito havia trigo, disse a seus filhos... Desçam até lá e comprem trigo para nós... Assim dez dos irmãos de José desceram ao Egito para comprar trigo” (Gn 41.56; 42.1-3).
Vinte anos haviam passado, desde seu crime de vender José à escravidão, e, agora, ele era o Primeiro Ministro do Egito. Por sete anos ele estocou grãos, em preparação para o período de fome. Os filhos de Jacó achavam que iam ao Egito apenas para comprar milho, mas Deus tinha planos maiores e melhores. Ele os enviou para lá, para terem uma revelação de amor! Eles estavam indo experimentar misericórdia, perdão, restauração e aprender sobre tudo o que era a graça de Deus. Sem merecerem nada, além de juízo, eles estavam indo para receber pura graça!
Tendo em mente que José é um tipo de Cristo, foi-me impossível ler essa parte da história sem lágrimas. Ela é como uma bela imagem da graça e do amor do nosso Senhor Jesus Cristo, para todos que falharam com Ele.
Vinte anos de pecados e subterfúgios mantiveram os irmãos sem contato com José. Provavelmente eles assumiram que ele estava morto, a esta altura. Quando eles chegaram à corte de Faraó e ficaram diante de José, eles não o reconheceram, mas ele os reconheceu imediatamente (Gn 42.8). Lá estavam eles, se curvando diante dele, exatamente como ele tinha sonhado. José estava furioso e querendo vingança? Nunca! Seu coração estava cheio de compaixão, ao ver os irmãos que ele amava tão sinceramente.
Por que, então, ele falou severamente com eles e os acusou de serem espiões (Gn 42.7)? Já cheguei a pensar que José estava experimentando um pouquinho de vingança, mas, afinal, esse não foi o motivo dele. Ele estava, simplesmente, seguindo o direcionamento de Deus. Aqueles homens orgulhosos ainda não estavam prontos para uma revelação da graça e da misericórdia. Primeiro, eles precisavam ver a maldade excessiva de seus pecados e encarar sua culpa e vergonha. Eles precisavam chegar ao fim de si mesmos, de forma que nada além da misericórdia pudesse ajudá-los. Esta é a mensagem da cruz de Cristo: amor e perdão incondicionais para todos que chegaram ao fim de si mesmos!
Deus mostrou essa verdade para José e ele colocou seus irmãos na prisão por três dias – não para puni-los, mas para dar a eles uma chance de encarar a verdade sobre seu pecado. Isto era a lei trabalhando, mostrando a eles sua natureza má. E funcionou! “E disseram uns aos outros: ‘Certamente estamos sendo punidos pelo que fizemos a nosso irmão. Vimos como ele estava angustiado, quando nos implorava por sua vida, mas não lhe demos ouvidos; por isso nos sobreveio esta angústia’" (Gn 42.21).
É impossível entender a graça de Deus, até que cheguemos ao fim de nossa própria capacidade e experimentemos Sua misericórdia! Essa graça liberta de toda vergonha e culpa!
Extraído de http://www.worldchallenge.org/en/node/10692
Traduzido por René Burkhardt
20 comentários:
José estava cheio de misericórdia, amor, interessante como o amor de Deus é em nosso coração, José não precisou de fazer cura interior, nem de confessar pecados para que não tivesse nenhum rancor ou raiz de amargura com seus irmãos, foi o amor de Deus que enche o nosso coração quando estamos na direção certa da vontade de Deus. Maravilhoso este texto. Paz!
Rô,
Sua percepção foi perfeita!!
É como na história do filho pródigo: ele não teve nem tempo de confessar pecados ao pai, porque o pai o abraçou e beijou logo, levando-o para uma nova vida, repleta de amor.
José já estava nos braços do Pai, convivendo com Ele, cheio do Seu amor, desfrutando uma vida plena. Ali não cabia raiz de amargura, rancor, ódio, ou vingança. Só amor, misericórdia e perdão!
Bj e Paz!
Olá,Paz do Senhor seja uma constante na sua vida.
Excelente essa mensagem, só um coração verdadeiramente cheio do amor genuíno poderia justificar a atitude de José, o amor e a misericórdia são virtudes que nos aproximam do Senhor a ponto de agirmos com benevolência extrema perdoando sem que haja o pedido de perdão, ou até o arrependimento,só o amor mesmo pode superar tudo.
PAZ amado irmão, e tenha uma ótima tarde!!
A história de José é uma das mais ricas e interessantes da bíblia. Quem na pele de José faria o que ele fez? Somente aqueles que recebem a infinita graça para tal meu amigo. Glória ao nosso Abba que não nos desampara jamais, mesmo quando nossos sentidos clamam "Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?" estamos em Seu colo. Paz, graça e esperança.
Oi, Rita,
Realmente, esta mensagem é muito boa. Chamar atenção para esse amor é muito importante, principalmente, porque ele é o sinal que os discípulos de Jesus têm em suas vidas. Sem ele, nem discípulos somos.
Ótima tarde pra você também e continue na Paz!
Cláudio,
Você escreveu pouco, mas disse tudo!!
Só recebendo a infinita graça de Deus é que alguém pode agir com tamanho amor, misericórdia e compaixão!
O que acho interessante na história de José é que ele não foi um cara turrão, como o Jacó, por exemplo. Ele sempre viveu em intimidade com Deus, no entanto, chegou literalmente ao fundo do poço, à escravidão e à prisão. E, em todas essas ocasiões, ele não se importou em servir de bom grado.
Realmente, a história dele é uma das mais ricas e interessantes, na Bíblia, ou fora dela!
Abração e continue na Paz!
José do Egito é um dos meus personagens favoritos...
Era uma rapaz que tinha tudo para dar errado:
Foi o queridinho do papai, era pra ter ficado mimado, egoísta, bobinho...
Foi o primeiro a experimentar o 'bullying', seus irmãos viviam caçoando, maltratando com palavras e até mesmo com atitudes de violência...
Por causa disso era pra se tornar um bad boy, ou um louco biplar, sei lá... desses que entram com armas automáticas em escolas e fuzilam tudo... (e todos)
Tornou-se escravo, e não qualquer escravo, mas um escravo de excelência, o melhor de seu amo Potifar...
Mas aí uma 'periguete ancestral' foi lá e acusou o rapazote de ter 'manchado sua honra'...
Foi o pobre José preso, acusado falsamente de ser um molestador de pobres e indefesas adúlteras egípcias...
José é um exemplo de amor, perseverança, perdão, benignidade e justiça...
Não me refiro a justiça humana, onde foi posto como Governador do Egito sendo ele um reles escravo hebreu...
Mas me refiro a Justiça que tipifica Jesus, perdoando com abundância onde o perdão não se encaixa, não se adequa..
Lindo exemplo, não?!
Linda repostagem René!
Paz!
René,
Vim conhecer seu blog. Gostei muito meu irmão, estou seguindo!
Entonces...
Este é um dos textos do AT que mais me fascinam. A história de José, desde seus sonhos até o cargo de segundo no Egito, passando pela escravidão, cadeia e restauração traça um paralelo fortíssimo não só com a pessoa de Jesus, mas também com nossas histórias pessoais.
Qula de nós já não foi "vendido" sem entender nada do que estava acontecendo e - só depois de muito tempo - "caiu a ficha" e passamos a entender que se não fosse "na marra" não estaríamos no centro da vontade de Deus?
Falei sobre isso no meu primeiro post acredita?
Dá uma olhadinha, caso tenha tempo: http://superjotablog.blogspot.com/2009/05/queridaaaa-cheguei.html
Forte abraço!
JC
rsrsrsrs...
Wendel,
Adorei o 'bullying'!! Finalmente, descobrimos onde isso começou!!rsrsrs
Realmente, essa história/exemplo de José demonstra todo o poder que existe em Jesus vivendo em nós. Poder de transformação, onde ela é necessária, e poder de amor e de justiça, conforme você definiu, onde nem sequer eles seriam cogitados.
Mas isto, o exemplo de José, todos os cristãos já conhecem bem. Postei este texto do David Wilkerson, porque fui tocado com o que ele disse a respeito dos irmãos de José, sobre eles terem sido levados a uma condição de reconhecerem suas vidas pregressas, se arrependerem e, então, receberem essa graça e esse perdão, não só de José, mas do próprio Deus. Apesar de José ser um tipo de Jesus, ele conduziu a situação como o Espírito Santo fez e faz com todas as pessoas.
Valeu, Wendel!
Abração e continue na Paz!
João,
É uma grande alegria "tê-lo" por aqui!
Creio que a história de José fascina, na verdade, a todos que a conhecem.
Mas você levantou uma questão ímpar: o paralelo da vida dele com nossa própria história pessoal. Acho que por conta das "figuras exageradas" - poço, escravidão, prisão - a gente não tem o costume de fazer essa correlação. Mas tem tudo a ver!
Já, já, dou uma espiada em seu texto!
Grande abraço, seja bem vindo e continue na Paz!
E agora José?
Se existiu um carinha que ficou em uma sinuca de bico várias vezes, foi o irmão José.
Diante do desamparo essencial, vergonha, injustiça, fraticídio e o outras mazelas tão humanas,o que fazer?
Dizem por ai que o tempo é o senhor da razão, pois bem o tempo e razão obedecem a Ele.
Que bom!
No final, vemos o agir do Tapeceiro.
Domingo ouvi Stênio Marcius, ao vivo e a cores, privilégio.
Beijocas mano.
Dri,
Assim, o rabo vai balançar o cachorro! Seu comentário é melhor do que o texto!
Mas acho que esse "Tapeceiro" foi influência do Stênio Marcius! rsrsrs
Bj e Paz!
René se José fosse levado hoje para igreja , me diga se não fariam com ele regressão ou cura interior?? rssss
Hoje ele teria que fazer até peniel. rsss
Paz meu querido. O texto é ótimo.
Rô,
Não só isto, como também seria taxado de corrupto, afinal, de que outra forma alguém sairia da prisão, direto pra assumir um alto cargo no governo? rsrsrs
Bj e Paz!
Oi amigo René,
estou levando seu banner comigo, ok?
Paz!
OK, Wendel! Valeu pela força!
Oi, René
Ainda hoje citei José comentando lá no blog do João.
O que me fascinou nessa leitura foi que em todas dificuldades que ele passaria, havia a expressão
"O SENHOR era com José".
Amo essa história dele e entendo que José tinha essa missão, essa tarefa super especial, para nos apontar o total desprendimento do verdadeiro amor.
Obrigada por esse texto maravilhoso!
Paz, René!
A história de José sempre me levou às lágrimas. Eu simplesmente não consigo ler essa história sem ficar com a voz embargada na hora em que José se revela aos seus irmãos. Choro mesmo!
Seu artigo me fez perceber a razão: é porque eu me identifico com aqueles irmãos. Realmente, como disse David Wilkerson, não somos merecedores de nada... Eu também cheguei ao fim de minha própria capacidade e só assim pude entender a graça de Deus e experimentar sua misericórdia!
Obrigado por nos abençoar com meditações tão simples e profundas como esta.
Um forte abraço, na paz do Senhor Jesus!
Rê,
Eu é que agradeço seu comentário maravilhoso! Você chamou atenção para dois pontos importantíssimos na história de José: o fato de Deus ser com ele, que, hoje, corresponde ao Espírito Santo estar conosco todos os dias, e o desprendimento do verdadeiro amor, que é o que o Espírito de Cristo nos ensina a ter, a ser.
Continue na Paz de Jesus!
Alan,
Todos nós deveríamos chegar ao ponto de nos identificarmos com os irmãos de José, para entendermos quem realmente somos: pessoas incapazes de agradar a Deus, na nossa própria força, e, assim, poderemos entender a graça de Deus e experimentar Sua misericórdia, amor e perdão!
Grande abraço e continue na Paz do Senhor!
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