"Portanto, ninguém se glorie em homens; porque todas as coisas são de vocês, seja Paulo, seja Apolo, seja Pedro, seja o mundo, a vida, a morte, o presente, ou o futuro; tudo é de vocês, e vocês são de Cristo, e Cristo, de Deus."
PENSE NISTO: "O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou do seu ego!" (Albert Einstein).

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Desafio do Amor

- por Charles G. Finney

"…mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele,
não levarás sobre ti pecado" Levítico 19:17

Os homens são obrigados a reprovar o seu próximo por seus pecados, ou eles se tornam participantes, ou cúmplices, de seus pecados. Se realmente amamos a Deus, nos sentiremos compelidos a reprovar aqueles que O odeiam, O insultam e transgridem Seus mandamentos. Se eu amo o governo do País, eu não reprovaria e repreenderia o homem que o ofendesse e insultasse? Se uma criança ama seus pais, ela não reprovaria o homem que ofendesse seus pais?

Se um homem ama o universo e é motivado pelo amor, ele sabe que o pecado é inconsistente com o bem supremo do universo. Se não for neutralizado, o pecado ofende e arruína. e sua tendência direta é subverter a ordem e destruir a felicidade do universo. Por isso, se um cristão vê isso acontecendo, sua benevolência irá levá-lo a reprovar e fazer oposição ao pecado.

AMA AO TEU PRÓXIMO

O amor pelas pessoas as quais você está ligado deveriam levá-lo a reprovar o pecado. O pecado é uma vergonha para qualquer pessoa e o homem que o comete, produz uma sociedade prejudicial para todas as coisas boas. Seu exemplo tem a tendência de corromper a sociedade, destruir sua paz e introduzir desordem e ruína. A obrigação de cada um que ama a comunidade é reprovar e resistir ao pecado. O amor pelo seu próximo exige isso. O próximo, aqui, significa qualquer um que peca, atingido por sua influencia - não apenas em sua presença, mas em sua vizinhança, sua nação, ou no mundo. Se ele peca, ele prejudica a si mesmo e, se você o ama, você reprovará seus pecados. O amor pelo pecador, rapidamente nos leva a avisá-lo das conseqüências de suas ações.

Suponha que digamos que a casa de nosso vizinho está pegando fogo. O verdadeiro amor nos induziria a avisá-lo, assim ele não pereceria nas chamas. Se nós o vemos ficar na casa em chamas, nós iríamos suplicar para ele não destruir a si mesmo. Muito mais, deveríamos avisá-lo das conseqüências do pecado e nos esforçarmos para trazê-lo para Deus, antes que ele destrua a si mesmo. Se você vê o seu próximo pecar e se recusa a reprová-lo, isso é tão cruel como se você visse sua casa em chamas e passasse direto sem avisá-lo. Se ele estivesse dentro da casa e ela queimasse, ele perderia sua vida. Se ele peca e permanece no pecado, ele irá para o inferno. Não é crueldade deixá-lo ir para o inferno sem aviso?

Algumas pessoas parecem não considerar crueldade deixar o próximo continuar no pecado até a ira de Deus vir sobre ele. Seus sentimentos são tão "meigos", que eles não podem magoá-lo falando sobre seu pecado e do perigo que corre. Sem dúvida, as suaves misericórdias dos maus são cruéis. Ao invés de avisar seu próximo das conseqüências do pecado, eles o encorajam nisso. Para qualquer um, ver uma rebelião e não levantar sua mão em oposição a ela é rebelião dele mesmo. Isso seria considerado rebelião pelas leis da terra. O homem que sabe de uma conspiração traiçoeira e não a expõe, ou tenta impedi-la, é um cúmplice, condenado pela lei. Se um homem vê uma rebelião estourando contra Deus e não faz oposição a ela, ou não se esforça para abafá-la, ele próprio é um rebelde. Deus nos responsabiliza pela morte daqueles que permitimos continuar no pecado sem reprová-los. Nós consentimos com isso e os encorajamos nisso. Se você vê um homem querendo matar seu vizinho e não faz nada para impedir isso, você consente e é um cúmplice - aos olhos de Deus e da lei, você é culpado do mesmo pecado. Do mesmo modo, se você vê um homem cometendo iniqüidade e não faz nada para impedir, você é culpado com ele. O sangue dele estará sobre a própria cabeça, mas da mão de quem Deus o vai requerer? O que Deus diz a respeito do vigia? "A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe darás aviso da minha parte. Se eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o demandarei de ti." (Ez 33.7-8).

Isto é verdadeiro para todos os homens. Se você permite que o próximo, que está sob a sua influência, pecar desavisadamente, ele morrerá em sua iniqüidade, mas seu sangue será requerido de sua mão. Se você mantiver silêncio, seu silêncio o encorajará a pecar. Ele supõe, pelo seu silêncio, que você aprova o seu pecado, ou, então, que você não se importa com isso, principalmente se ele sabe que você professa o cristianismo. Silenciar é consentir. Os pecadores consideram seu silêncio uma aprovação para o que eles fazem.

SETAS DE LUZ

Quantas multidões foram renovadas por reprovações feitas a tempo? Muitos daqueles que são salvos, são salvos por alguém que os exortou pelo pecado e os apressaram ao arrependimento. Você pode ser instrumento na salvação de qualquer homem, se você falar com ele, reprová-lo e orar por ele. Uma simples exortação ao transgressor tem sido muito como uma seta cortante em sua alma, a qual se espalha como uma chaga até que o antídoto seja bebido por seu espírito e ele se submeta a Deus. Eu soube de momentos em que até um olhar de reprovação fez o trabalho.
Ocorreram muitos casos onde o transgressor não se corrigiu, mas outros foram impedidos de seguir seu exemplo, pelas exortações dirigidas a ele.

Se os crentes fossem fiéis, os homens temeriam suas exortações e esse medo os deteria dessa conduta. Multidões, que agora vivem sem se envergonhar e sem temer, parariam, pensariam e seriam corrigidas e salvas! Com tais argumentos para a fidelidade diante de você, você deixaria os pecadores continuarem sem repreensão até serem lançados no inferno? A linguagem no texto é extremamente forte. "...mas repreenderás o teu próximo", ou seja, não tem desculpas, "e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado", não ser participante de sua ruína. A palavra é um superlativo hebraico, que não deixa dúvida ou desculpa para não fazê-lo. Não existe mandamento de Deus mais forte na Bíblia, do que este. Deus deu a este a linguagem mais forte que Ele pode.

O homem não vive conscientemente, em relação a Deus ou ao homem, sem que ele tenha o hábito de reprovar aos transgressores com sua influência. Esta é uma razão porque há uma consciência muito pequena na Igreja. Esse versículo de Levítico é um dos mais fortes mandamentos na Bíblia, porém, muitos cristãos não prestam qualquer atenção a ele. Eles podem ter uma consciência tranqüila? Eles podem, tanto quanto pretender ter uma consciência limpa ficando bêbados todos os dias. Nenhum homem guarda a lei de Deus, ou mantém a consciência limpa, vendo o pecado e não o reprovando. Aquele que sabe do pecado e não o reprova, quebra dois mandamentos: primeiro, ele se torna participante da transgressão do seu próximo; segundo, ele desobedece recusando-se a exortar ao seu próximo.

Você estaria preparado para encontrar seus filhos no julgamento, se você não os tivesse exortado, castigado, ou vigiado? "Certamente não", você diria. Mas, por quê? "Porque Deus fez disso minha obrigação e me fez responsável por isso". Então pegue o caso de qualquer outro homem que peca sob suas vistas, ou sob sua influência. Se ele vai para o inferno, e você nunca o reprovou, não é sua responsabilidade? Quantas almas estão em tormentos no inferno, as quais você viu cometendo pecado e nunca reprovou? Agora elas são pragas caindo sobre sua cabeça, porque você nunca as advertiu. Como você pode encontrá-las no dia do julgamento?

Quantos professam amar a Deus, mas nunca pretendem obedecer a Seus mandamentos? Essas pessoas estão preparadas para encontrarem a Deus? Quando Ele diz "mas repreenderás o teu próximo", Ele quer dizer que não há desculpas para não fazê-lo. Este mandamento é dirigido para todos os homens que têm próximos. Foi dirigido ao povo de Israel e, através deles, é dirigido para todos que estão sob o governo de Deus, para o maior e o menor, rico e pobre, novo e velho, homem e mulher, e todo o indivíduo determinado a obedecer a Seus mandamentos.

PÉROLAS PRECIOSAS E PORCOS

Aquele que fez a lei, tem o direito de fazer exceções. Encontram-se algumas exceções a essa regra na Bíblia. Deus diz: "Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça;" (Pv 9.8). Se uma pessoa é conhecida por ser escarnecedora, que desdenha a religião e odeia a Deus, e não tem nenhum respeito com a lei de Deus, por que você a reprovaria? Isto apenas provocaria uma briga sem qualquer resultado positivo para nenhum dos dois. Por isto, Deus faz uma exceção à regra para esse tipo de caráter. Jesus Cristo diz: "...nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas , para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem." (Mt 7.6). O que mais significa esta passagem? Ela significa que, às vezes, os homens estão em tal estado mental, que falar com eles sobre o Senhor seria irracional e perigoso, afinal, como lançar pérolas ante os porcos. Eles sentem tamanho desprezo pelo cristianismo e tem tamanha estupidez, sensualidade e porcaria no coração, que eles pisotearão todas as suas exortações e se voltarão com raiva contra você. Deixe tais homens sozinhos. Não se meter com eles será mais sábio do que atacá-los. Mas é preciso usar grande amor e discernimento, não para saber qual dos seus próximos são porcos, mas quais não merecem isso e poderiam ser ajudados com a exortação.

Jesus disse dos escribas e fariseus: "Deixai-os; são cegos, guias de cegos." (Mt 15.14). Eles eram cheios de orgulho e conceitos, satisfeitos com sua própria sabedoria e bondade, e não poderiam ser atingidos por nenhuma reprovação. Se você começa a reprová-los, eles o derrubam. Esses homens são tão cheios de argumentos, sofismas e brigões, que você não ganha nada com isso. Quando você reprova seu próximo por pecar, faça-o sentir que não é uma questão pessoal ou de egoísmo de sua parte. Não reivindique nenhum direito de superioridade sobre ele, mas exorte-o em nome do Senhor, para a honra de Deus. Se, em qualquer momento, você der a impressão de que é uma questão pessoal, feita por algum motivo particular seu, invariavelmente ele se voltará contra você e resistirá. Mas, se você der a impressão de que está falando em nome de Deus e o traz para diante de Deus como um pecador, ele ficará em dificuldades para sair de perto de você sem, primeiro, confessar que ele está errado. Acima de tudo, não o faça pensar que o que você sugere a ele seja uma coisa sem importância. Ao invés disso, faça-o constatar que ele pecou contra Deus e que é necessário olhar para isso como sendo uma ofensa terrível. Entretanto, você deverá usar maior ou menor severidade, de acordo com a natureza do caso e da circunstância em que o pecado foi cometido.

USANDO SABEDORIA AO EXORTAR

Seu relacionamento, com a pessoa que é culpada por pecar, deveria ser, devidamente, considerado. Se um filho vai exortar ao pai, ele deveria fazê-lo de uma maneira condizente com o relacionamento. Se um homem vai exortar a um magistrado, ou a um ancião, o apóstolo diz que deve fazê-lo da seguinte forma: "...exorta-o como a pai..." (1Tm 5.1). O relacionamento deveria participar profundamente da maneira de administrar exortação. Pais, filhos, esposos, esposas, irmãos e irmãs, deveriam ser todos respeitados. As idades das partes e suas relativas posições na vida precisam ser consideradas. Para os servos é impróprio exortarem aos seus mestres da mesma maneira que o fazem com seus pares. Esta orientação nunca deveria ser negligenciada ou esquecida, pois, se for, o bom efeito da exortação será perdido. Mas lembre-se que as posições relativas das partes não tiram a obrigatoriedade desse dever. Você tem que exortar o pecador e é obrigado a fazer isso em nome do Senhor. Faça isso, não como se você estivesse se queixando, ou achando um erro por uma ofensa pessoal cometida contra você mesmo, mas como um pecado contra Deus. Do mesmo modo, quando um filho reprova ao pai, ele não o faz como se ele estivesse discutindo uma ofensa feita para ele mesmo, mas porque o pai pecou contra Deus.

Se o indivíduo é ignorante, será melhor exortá-lo na forma de instrução, do que com uma reprovação severa. Como você age com seu filho pequeno? Você o instrui e se esforça para iluminar sua mente a respeito de suas obrigações. Realmente, você age bem diferente do que agiria com um pecador endurecido. Você exortaria pela primeira vez a um pecador de maneira diferente da que você usaria com um transgressor habitual. Se uma pessoa está acostumada a pecar e sabe que está errada, você usa mais severidade. Na primeira vez, uma simples menção disso pode ser suficiente para prevenir uma repetição. Se ele tem, não apenas, cometido pecado freqüentemente, mas, tem sido freqüentemente exortado, há necessidade de usar mais severidade. A condição dura mostra que não haverá lugar para uma repreensão comum. Ele precisa ter os temores do Senhor postos sobre ele, como uma tempestade de granizo.

Nunca mostre qualquer descontentamento com o transgressor, pois ele pode transformar em desgosto pessoal com ele mesmo. Apenas mostre o seu grande descontentamento com o que ele está fazendo. De outra forma, ele pensará que você não está sendo enérgico. Suponha que você exorte um homem por assassinato de uma maneira que não expresse qualquer aborrecimento com este crime. Você não poderia esperar produzir nenhuma mudança. A maneira tem que ser proporcional a natureza do crime; apenas não o deixe pensar que você tem algum ressentimento pessoal. Essa é a falha na maneira de reprovar o crime, no púlpito e fora dele: por medo de ofenderem, os homens não expressam sua aversão ao pecado. Por isso, os transgressores raramente são corrigidos.

Você deverá sempre ter tanto do Espírito Santo com você, que, ao repreender um homem pelo pecado, ele sinta que isso vem de Deus. Conheci casos onde a repreensão de um cristão feriu o coração do transgressor e espetou como a flecha do Todo-Poderoso, e ele não pôde fugir disso até se arrepender. Algumas vezes a repreensão é feita melhor mandando uma carta, principalmente se a pessoa estiver distante. E há vezes que a carta pode ser usada, mesmo que seja na sua própria vizinhança.

Conheci um indivíduo que escolheu essa maneira para repreender um capitão do mar por bebedeiras. O capitão bebia muito, especialmente no mau tempo, quando seus serviços eram muito importantes. Ele não era apenas um bêbado, mas, quando ele bebia, ele era de má índole e colocava em perigo a vida de todos a bordo. O cristão estava preocupado e fez disso um motivo de oração. Este foi um caso difícil. Ele não sabia como se aproximar do capitão. Um capitão do mar é um perfeito tirano e acha que tem o mais absoluto poder sobre a terra. Ele sentou, escreveu uma carta e a entregou ao capitão. Modesta e afetuosamente, mas fiel e diretamente, ele mostrou o pecado que o capitão estava cometendo contra Deus e o homem. Ele acompanhou isso com muita oração a Deus. O capitão a leu e mudou completamente seus modos. Ele se desculpou com as pessoas e nunca mais bebeu outro gole de qualquer coisa mais forte do que café ou chá, por toda a viagem.

Pode ser muito importante repreender o pecado em muitos casos onde não há chances do indivíduo ser beneficiado. Por exemplo: você precisa agir em casos nos quais o seu silêncio seria tomado por aprovação do pecado dele, ou onde todos os fatos dele sendo reprovados podem prevenir que outros caiam nos mesmos pecados. Quando o pecador se enquadra apropriadamente na descrição de um escarnecedor, ou de um 'porco', onde Deus fez uma exceção, você não é obrigado a repreender. Mas, em outros casos, a obrigação é sua e as conseqüências são de Deus. As pessoas perguntam: "Eu devo repreender a estranhos?". Por que não? O estranho não é seu próximo? Você não vai repreender um estranho da mesma maneira que o faria com um conhecido, mas, por ser estranho, não há razão para ele não ser repreendido. Se um homem profere palavrões na sua presença, o fato de ele ser um estranho não exime você da responsabilidade de administrar repreensão, ou tentar trazê-lo ao arrependimento e salvar a sua alma.

PUXANDO PECADORES DO FOGO

Não fale sobre os pecados das pessoas. Vá e exorte-as. Os cristãos falam muito sobre os pecados das pessoas pelas suas costas e isso é uma grande maldade. Se você quer falar sobre os pecados de uma pessoa, vá e fale para ela sobre eles e tente trazê-la ao arrependimento e convertê-la. Não fale com os outros, por trás dela, deixando-a ligada ao inferno. Alguns cristãos são suficientemente conscientes para praticarem essa obrigação. Milhares nunca pensam em fazê-la. Eles vivem em habitual desobediência a esse óbvio, mas grandemente expresso, mandamento de Deus. Então eles se admiram por não terem o espírito de oração e não serem mais avivados! Como eles podem gostar do cristianismo? O que o universo pensaria de Deus se Ele garantisse as alegrias da religião para esses crentes infiéis? As pessoas têm mais respeito por sua própria reputação do que pelas exigências de Deus. Acham melhor deixarem os homens permanecer sem repreensão, do que correrem o risco de serem chamadas julgadoras, ou de criarem inimigos por repreender o pecado. Isso mostra que elas têm mais medo dos homens do que de Deus. Por medo de ofender a homens, elas correm o risco de ofenderem a Deus. Elas desobedecem totalmente a Deus em um de Seus mais óbvios e grandes mandamentos, mas não incorrem no descontentamento dos homens por repreenderem seus pecados.

Nenhum homem tem o direito de dizer, quando nós o repreendemos por seus pecados, que isso não é assunto nosso. Constantemente os transgressores dizem para repreensores fiéis, que eles fariam melhor cuidando de seus próprios assuntos, não se intrometendo naqueles que não lhes dizem respeito. Deus proíbe que fiquemos quietos. Ele nos ordenou repreender nosso próximo em qualquer indiferença consciente das conseqüências. E nós os repreenderemos, embora todo o inferno se levante contra nós. Se um homem professa amar a Deus, ele tem a obrigação de ser consistente o suficiente para reprovar aqueles que se opõem a Deus. Se os cristãos fossem consistentes nessa obrigação, muitos seriam convertidos por ela. Um sentimento público de correção seria formado e o pecado seria repreendido e forçado a se retirar diante da majestade de Cristo. Se os cristãos não fossem tão covardes, totalmente desobedientes ao claro mandamento de Deus, uma coisa certamente surgiria disso: ou eles seriam assassinados nas ruas como mártires, porque os homens não podem suportar a intolerável presença da verdade, ou os homens seriam convertidos.

O que diremos então, para esse tipo de cristão? Você tem medo de repreender pecadores? Quando Deus ordena, você está preparado para obedecer? Como você responderá para Deus? Você vai praticar essa obrigação? Você reprovará o pecado fielmente e não o levará para o seu próximo? Você vai fazer de toda a sua vida um testemunho contra o pecado? Ou você vai pegar a sua paz e se prostrar com a culpa de todos os transgressores a sua volta e dentro de sua esfera de influência? Deus diz: "mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado". Pense sobre isso.

Traduzido por René Burkhardt

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