- por René Burkhardt | 21 de Junho de 2010
Meus amados,
Dando continuidade à postagem “O Cristão e as Eleições (Parte 1)”, onde apresentei a opinião dada por Charles Finney, há cerca de 180 anos, sobre a participação dos cristãos nas eleições, apresento, agora, o que penso sobre o assunto.
Me parece que esse é um dos momentos em que o cristão deixa o lado natural falar mais alto que o espiritual. Nessa época, não vejo a preocupação com o Reino de Deus, mas, apenas, com o reino do mundo.
Nosso país tem uma situação social caótica? Sim! Carece de legisladores e executores das leis, que sejam mais humanitários? Com certeza! Todas as coisas ditas em vários lugares, a respeito do nosso País e de nós mesmos (como povo), são verdadeiras. Realmente, o brasileiro tem a tradição de não usar valores que sejam de interesse comunitário, ao direcionar o seu voto. Costuma-se agir como se estivesse em uma torcida, em uma competição, como um campeonato de futebol, um desfile de escolas de samba, etc. O mais importante é estar no lado do vencedor final. Vale o prazer da vitória, ainda que ela não acrescente nada de positivo para a nação.
Mas, na condição de cristãos, tais coisas deveriam, mesmo, ser nossa preocupação? Temos a obrigação de comparecer às eleições, mas não somos obrigados a indicar quem irá legislar e governar sobre nós. O nosso Grande Governante e Legislador é o Senhor Jesus!
O sistema político brasileiro é podre e não permite a participação de candidatos que tenham um verdadeiro comprometimento com o Senhor. Sem mudança no sistema atual, ao votarmos em alguém, estaremos concordando com todas as idéias e atitudes do partido político desse alguém. E todos os partidos têm a mentira como princípio. Fazem de tudo para provar que suas idéias são as melhores e que seus candidatos são os mais "santos", enquanto os adversários são os "demônios". Com qual deles está a verdade? Isso mesmo, com nenhum! E seremos participantes dessa mentira? Entraremos em jugo desigual? Isto, só para falar da mentira, sem entrar no mérito das outras tantas desonestidades...
O povo cristão não é orientado a participar da política. Nossa orientação é para orarmos pelos governantes, a fim de que possamos ter uma vida piedosa e pacífica. Em Romanos 13.1-7 e em 1 Pedro 2.11-17 somos orientados a nos submetermos e a respeitarmos às autoridades civis. Mas em nenhum momento nos é dada a indicação para participarmos ativamente do governo político, ou para elegermos legisladores sobre nós. Pelo contrário, Jesus disse para darmos aos governos o que é dos governos e a Deus o que é de Deus. A vida e os pensamentos dos cristãos devem estar voltados exclusivamente ao Reino do Senhor!
Dentro do quadro atual, nem mesmo os cristãos professos que se candidatam são merecedores de confiança. E temos aí o exemplo da candidata Marina, para comprovar isso. Pessoa excelente, mas que já declarou ser necessário separar sua crença pessoal da realidade política nacional. Ela disse que não pode usar os fundamentos evangélicos para legislar em um Estado laico (separado das religiões). E está correta nesta afirmação. A própria lei do País não permite isto.
Se um candidato ao cargo máximo de um país precisa agir dessa forma, que dizer dos legisladores, que dependem de muitos outros elementos para aprovarem suas idéias? Podemos colocar um número suficiente de pessoas no Congresso Nacional, para aprovarem leis comprometidas com o caráter de Deus? Se podemos, então votemos nessas pessoas. Porém, não podemos esquecer que tais pessoas ainda deverão responder a seus partidos. Portanto, esses partidos também teriam que mudar. Mas, enquanto continuarmos votando nos candidatos lançados por interesses econômicos particulares, nada vai mudar.
Creio que esse deveria ser o foco dos cristãos brasileiros: deixar claro ao país inteiro que só votarão nas pessoas e partidos que tiverem um real comprometimento com o Senhor. Se é verdade que mais de 20% da população brasileira é cristã, tal declaração obrigará uma mudança de critérios, tanto nos partidos, quanto nos candidatos.
Enquanto isto, continuemos a depender, apenas, de nosso Governante Máximo, o Senhor Jesus, vivendo e apresentando o Reino de Deus a todos, pois o Reino é semelhante ao pouco de fermento que foi escondido na muita farinha: em pouco tempo, tudo ficou levedado!
Que maravilha de País seria este, se agíssemos assim!!!
"Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou" (2Tm 2.4).
"Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2Co 10.3-5).
2 comentários:
Excelente comentário, irmão René!
De fato, o povo de Deus tem desvirtuado sua fé quando se envolve com política esperando alguma melhora para si ou para o mundo.
Cada uma dessas leis absurdas que vemos aprovadas hoje (como pais que não podem bater para corrigir seus filhos, por exemplo - Pv 13.24; 23.13-14) é prova que Jesus estava corretíssimo acerca da situação do mundo quando no tempo da Sua volta: um verdadeiro caos.
Sinto pena daquele cristão que quer enfeitar, pintar o mundo de cor-de-rosa e enchê-lo de florzinhas, como se ainda houvesse realmente uma possibilidade de melhora. A Bíblia diz que tudo isso é apenas o princípio das dores! (Mateus 24)
Além disso, essa conversa de muitos cantores e pregadores evangélicos se candidatarem para garantir uma maior representação do povo de Deus dentro da política, honestamente, não tem base bíblica! Independente de haver muitos ou poucos políticos evangélicos, a solução de tudo está em Jesus Cristo. No passado, o Senhor realizou grandes milagres e usou reis de nações ímpias para abençoar o Seu povo (Isaías conta bem sobre isso), porque Ele é que é o nosso Sumo Legislador. E não precisa da "mãozinha" de ninguém para fazer o bem pelo Seu povo... Nem mesmo de cristãos "bem-intencionados" (ou não...?).
A única coisa que eles vão conseguir lá dentro é se corromper ou, na melhor das hipóteses, correr o sério risco de se corromper e deixar de cumprir o chamado do Senhor para suas vidas, o qual, definitivamente, não tem nada a ver com política.
Obrigada por sua adorável visita ao nosso blog. Volte sempre e seja muito bem-vindo!
No amor do nosso Rei Amado.
Elaine Cândida
Amada Elaine,
Você está muito certa, em seu comentário! É muito triste ver cristãos professos tentando tomar as rédeas da vida, como se fosse possível chegar uma sociedade perfeita, sem o Governo de Jesus. Isto é impossível! E a Palavra do Senhor é bem clara quanto a isto.
Continue na Paz do nosso Senhor Jesus!
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